quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

De um outro blog....

Porque tem gente que a gente cruza os olhos e descruza as pernas. Porque a vida é igual aos filmes água com açúcar, romance americano, igualzinho: o garoto deixa cair uma luva na estação de trem e a mocinha que bateu os olhos nele por segundos deixou o coração parar por minutos. E por destino ou desatino acontece o próximo encontro, assim casual, e você se sente uma pessoa de sorte por estar ali para entregar a luva. E já gosta demais, como se se conhecessem há séculos, e já ama demais. É quando não entregou apenas a luva, mas o coração e o resto do corpo. E “eu te amo” passou a ser bom dia, boa tarde e boa noite e aquele sentimento foi crescendo como o buraco da camada de ozônio, lento e denso, se dilatando no espaço e no tempo daqueles dois que era um. Aquele um que fazia mil planos, casar, viajar, ter filhos. Vida matemática: dividir a cama, somar as escovas de dentes, multiplicar as querências, diminuir a distância geográfica dos corpos. Igual a materializar o amor eterno. E em tão pouco tempo de convivência a dois, eles já se odiavam.

Tirando a prova dos nove:
o amor é para sempre?

“Se lembra quando a gente
chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre,
sem saber, que o pra sempre
Sempre acaba... estamos indo de volta pra casa...”Renato Russo

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